12 de agosto de 2012

Cordeiro ao pesto de hortelã com arroz de jasmim

Neste domingo, tivemos pernil de cordeiro no almoço. Thais comprou a peça no mercado municipal na véspera, e veio pra casa para preparar. O pernil ficou marinando durante a noite na geladeira, em um tempero com alho, pimentas dedo de moça e do reino, semente de coentro, pesto de hortelã, azeite, vinho branco e uma pitada de sal. De manhã, logo após o desjejum, já ligou o forno em temperatura bem baixa, e colocou o pernil pra assar. Ele permaneceu 3 horas no forno, sendo que as duas primeiras, coberto no papel alumínio.

Quando já estava pronto, ela colocou o caldo do pernil em frigideira, para cozinhar umas mini cenouras e aspargos verdes, que em seguida jogou por cima do pernil, novamente.


De acompanhamento, ela preparou arroz com perfume de jasmim. Comprou as flores de jasmim secas no mercado, fez um chá, e usou a água do chá para cozinhar o arroz, que foi temperado apenas com um pouco de sal, para o tempero não se sobrepor ao aroma do jasmim. Com o arroz já pronto, ela colocou por cima castanhas de caju levemente trituradas. E se já não fosse o suficiente, ainda preparou uma farofa com damasco e ameixas secas, e salada de folhas verdes.

Para acompanhar o cardápio com aromas florais e rico em pimenta, me faltava em casa uma opção de vinho ideal, e acabei optando por um outro rosé da Provence que tinha aqui em casa. Um Château de Pibarnon, da Appelation Bandol Controlée, de 2009.


De cor salmão de intensidade média, foi feito com 50% Cinsault obtido por prensagem direta, com 50% Mourvèdre em gotejamento. Sendo de 2009, ele já estava um pouco antigo, pois os vinhos rosés, e principalmente os da Provence, são feitos para serem bebidos muito jovens. Mas eu o adquiri recentemente, por um terço do valor de mercado, então creio que o custo-benefício valeu a pena.

Ele ainda tinha um aroma frutado, mas os aromas florais, encontrados em exemplares mais novos, eu já não consegui captar. Na boca também era possível perceber que a acidez não era tão acentuada, deixando aparecer um pouco de açúcar, mas nada exagerado. O grande problema da harmonização, no entanto, foi o álcool. Com 13,5%, ele ressaltou um pouco a pimenta do cordeiro. Não que fosse problema para mim, mas a Thais recorreu à água!

De qualquer maneira, espero ter aprendido duas lições. Uma, que tenho sempre que ter um vinho verde em casa. E outra, que vinhos da Provence, melhor tomá-los muito jovens.

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