Mercado de San Miguel
O Mercado de San Miguel de Madri já é uma atração indicada em qualquer guia de turismo da cidade que se preze. Ele é centrado em servir tapas: uma tenda com tapas de queijo, outras duas de fiambres, algumas específicas de frutos do mar, outra só de paellas, mais uma com uma tortilla presumidamente premiada, uma vendendo salmorejos, outra com diversos espetinhos frios (tomate com queijo, presunto cru com figos, etc.); e muito vinho e cava, seja em lojas específicas, ou nas mesmas lojas que servem tapas.Minha tenda favorita foi El Pescado Original, focada em tapas e pintchos de frutos do mar. Pedimos um pintcho de camarões sobre molho ali oli e outro de gulas (filhotes de enguia), acompanhado de um vinho branco servido no copo.
Para um vinho servido em taças, você pode ir à Pinkleton & Wines. Nós fomos e pedimos uma taça do cava Vilarnau Brut. Mas eles têm uma grande diversidade de vinhos tintos, brancos e cavas para servir, por taça, ou garrafa.
Mercado de San Antón
Muito menos conhecido nos roteiros turísticos, mas sem dever nada ao primeiro, está o Mercado de San Antón. O descobrimos por acaso, próximo a onde estávamos hospedados, voltando para o apartamento por um caminho diferente.O térreo funciona mais efetivamente como um mercado propriamente dito, com tendas de frutas, de queijos, de fiambres, de pescados, de carnes... já subindo a escada rolante, chegamos nas tendas de tapas, menos turística, muito mais frequentada por locais, e sem a preocupação 'marqueteira' de apresentar apenas produtos espanhóis: uma tenda de sushis, outra de comida grega, uma terceira de comida italiana, outra focada em fígado de pato - quase tudo servido como tapas, claro.
Em duas visitas diferentes ao lugar, provamos sushis frescos, charutinhos de folha de uva sobre um iogurte grego com pepino ralado, uma pasta de berinjela com iogurte grego servida com fatias de pão árabe, e todos recomendo fortemente. Mas o melhor foi a paella. Neste quesito, San Antón humilhou San Miguel: foi preparada na hora (demorou 20 minutos), levaram-na até onde estávamos sentados, servida na própria paellera e a fizeram sem pimentões, a nosso pedido. (Afinal, não suporto pimentão, e os espanhóis em geral têm a infeliz concepção que arroz tem que ter pimentão). E não apenas pela ausência de pimentão, estava excelente, bem temperada, e cheia de frutos do mar. Exceção em relação às outras comidas, a paella não era um tapa. Era uma porção farta, que alimentou 3 pessoas com folga.
E se o objetivo deste blog é falar sobre vinho, essa comilança toda não poderia estar desacompanhada! Além do quê, nós estávamos em frente à vinoteca do mercado.
Antes de chegar a paella, tomei o Val de Nora, autêntico Albariño galego, da D.O. Rias Baixas. Fresco, mais leve, um pouco menos de álcool, ideal para o aperitivo. Quando veio o prato, passei para o Sanz Clásico, D.O. Rueda. Baseado na uva Verdejo, com um pouco mais de corpo, aroma entre frutado e herbáceo, e pedindo uma comida para acompanhá-lo. (Ou será que eu estava de olho grande na paella?)
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