Conheci a Anna de Codorníu branca em um evento promocional sobre o qual escrevi aqui. Mas em minha recente viagem à Espanha, conheci a outra Anna, que não costuma vir ao Brasil. É a Anna de Codorníu Rosé, feita majoritariamente de Pinot Noir, em oposição à outra, que é majoritariamente Chardonnay. Esta rosée, como seria normal supor, é mais parecida com o Codorníu Pinot Noir, do que com sua irmã homônima. Com cor cereja de intensidade média, acidez marcante, perlage fina, e aroma distinto de morangos frescos.
Nós a trouxemos ao Brasil, para jantar em nossa casa. Ela não nega que é mesmo bruta, e de início, ela parecia um pouco deslocada, um pouco tímida, talvez; nos pareceu bem mais seca que sua irmã. Mas acho que ela gosta mesmo é de comida, pois quando foi servido o jantar, ela mostrou seu lado mais doce.
Compramos um combinado de sushis no Empório Nashi, com sashimis, niguiris, hossomakis e uramakis, de atum, salmão cru e salmão skin. Nós, que adoramos sushis, freqüentemente compramos neste mercado especializado em produtos de origem oriental, onde os combinados são preparados na hora, para levar pra casa.
Que espumantes harmonizam com tudo (ou quase tudo), ouvimos falar freqüentemente. Ainda assim, falar em comer sushi tomando espumante é um pouco inusitado. Inusitado, mas muito agradável! Entre um sushi e outro, um gole de espumante limpa o paladar com eficiência maior que o gengibre. Cada nova bocada encontra o palato imaculado. Pelo efeito do molho shoyu, a Anna passou a apresentar uma leve doçura, que a tornou muito mais agradável. O wasabi, que eu costumo usar além da conta com relativa freqüência, ficou dócil diante da dama. E o risco de reação com o iodo (iodo x taninos), não se concretizou. Ela se manteve agradável ante todos os tipos de sushi diferentes.
Será que um espumante semi-seco cairia tão bem? Na minha opinião, sim. E a Anna de Codorníu branca? Também. Mas não é todo dia que encontramos a Anna Rosé para nos acompanhar em uma refeição, portanto, valeu a experiência.
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