9 de novembro de 2012

Semana Mesa: Vinhos Verdes que merecem ser conhecidos

Nesta sexta-feira acabou a Semana Mesa em São Paulo, evento (ou melhor, eventos) de gastronomia promovido(s) pela revista Prazeres da Mesa, realizada no Senac Santo Amaro. Saí de Campinas para conferir o evento Semana Mesa ao Vivo: stands com exposições de vinhos, temperos, patés, vinhos, biscoitos, vinhos, cervejas, vinhos, café, vinhos, chocolate, adegas para vinho, frutas e legumes, queijos, e vinhos. Em paralelo, aconteciam aulas - ou apresentações - sobre gastronomia nas salas de aula do Senac.

Buscando explorar o potencial de mercado do país, a Comissão Vitivinícola da Região dos Vinhos Verdes trouxe um exército formado por representantes de marketing das próprias vinícolas, e ocupou um stand para apresentarem seus produtos: diversos vinhos brancos, rosés e tintos, de diversos estilos, desde os vinhos da Quinta da Lixa, que priorizam o frescor e a acidez, à Quinta dos Carapeços, que valorizam vinhos com aromas de frutas sobre-maduras. Foi uma experiência muito prazerosa conversar com eles, pois além de muito atenciosos, conheciam de verdade os produtos e marcas que estavam representando.

Entre eles, estava o Iono, que conheci quando visitei a Quinta da Lixa, experiência que descrevi aqui. Além de alguns que eu já tinha provado naquela ocasião, ele estava apresentando também os vinhos:


  • Monsenhor, que já costumamos encontrar por aqui no Brasil, de estilo 'adamado', isto é, com sabor mais adocicado (15g/L de açúcar);
  • Terras do Minho branco, um corte com as 3 castas mais comuns da sub-região de Souza. Seco, privilegiando a acidez da casta Arinto, com aroma muito fresco, e bastante 'agulha';
  • Terras do Minho rosé, o único (Vinho Verde rosé) feito 100% com Touriga Nacional. De cor intensa, levemente mais adocicado que o branco, com aromas remetendo a morangos e framboesas.
Todos do ano 2011, pois vale sempre lembrar, normalmente Vinho Verde é pra ser bebido jovem, na safra mais recente.

Com espírito de equipe, Iono me direcionou também a outros produtores, entre eles a Quinta da Raza, representada pela Sra. Mafalda Teixeira Coelho. A empresa é um projeto de várias gerações, que se mantém familiar, sem no entanto deixar de se atualizar.

A Sra. Coelho me apresentou o rosé feito da casta Padeiro (Dom Diogo Padeiro), que ao lado da Espadeiro são as castas mais usadas para rosés de vinho verde. É tipicamente 'adamado', com aroma de trutas vermelhas frescas. Também provei o Dom Diogo Arinto, um monovarietal que exibe toda a acidez da Arinto, suavizada por nível de açúcar perceptível, mas não alto (8g/L). Mas o destaque foi o Vinho Regional do Minho Dom Diogo Alvarinho, com grande acidez, e aromas florais e frutados típicos da casta, intensos e persistentes. Só não é DOC por questões políticas: não é da sub-região de Monção e Melgaço. Mas não deve nada para estes últimos.

Outro produtor interessante foi a Quinta de Carapeços, com outro Alvarinho que merece destaque: Alvarinho Reserva 2010. Ele não é um Vinho Verde, mas mesmo assim, merece ser conhecido. Porém, tem uma proposta totalmente diferente do que estamos acostumados nos Vinhos Verdes: ele passa 12 meses amadurecendo em barricas antes de ser engarrafado. E como conseqüência, este ainda é do ano de 2010, já que o 2011 ainda está nas barricas. Percebe-se imediatamente a complexidade aromática e a estrutura que fornece a barrica, somando-se aos aromas da casta, e à boa acidez dos vinhos da região.

Quer conhecer mais a respeito de Vinhos Verdes? Leia: Dos Vinhos Verdes: Mas afinal, o que é Vinho Verde?.

7 comentários:

  1. Obrigado Rodrigo pela visita e pelo interesse na nossa Região e em especial pelos Vinhos da Quinta da Lixa.

    Se necessitar de algo da Quinta da Lixa, dos Vinhos Verdes ou mesmo de Portugal não hesite...

    Maior sucesso para o seu blog que pelo que estou a ver está mesmo crescendo:)!!

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  2. Deu até vontade de abrir uma garrafa agora!

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  3. Estes Vinhos Verdes foram o sucesso da Mesa Ao Vivo! :)

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  4. Lucas Inácio14 novembro, 2012

    Já provei alguns vinhos da Quinta da Lixa e depois do texto do blog me deu vontade de provar o Terras do Minho rosé. Onde encontro para comprar em São Paulo?

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    1. Olá Lucas, obrigado por visitar o blog.

      Conforme me explicou Iono, a Quinta da Lixa fechou um negócio para distribuição apenas no Rio de Janeiro. Eles ainda não tinham distribuidor em São Paulo, e vieram ao evento à procura de novos negócios. Espero que o consigam, e que seus vinhos cheguem a São Paulo, e a Campinas, claro!

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  5. Lucas Inácio14 novembro, 2012

    Meu irmão indicou o seu blog hoje para mim e comecei a segui-lo a partir de agora. Fomos juntos no evento da semana passada e pudemos conhecer a quinta da lixa. O Luis gosta muito de vinhos e está me levando para este mesmo caminho. Caminho bom, né?!

    Valeu!!!

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    1. É um bom caminho, ótimo caminho, sempre com moderação, claro! É um mundo cheio de diversidade, cheio de sabores diferentes. Bons goles a você e seu irmão!

      Abraço!

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