Buscando explorar o potencial de mercado do país, a Comissão Vitivinícola da Região dos Vinhos Verdes trouxe um exército formado por representantes de marketing das próprias vinícolas, e ocupou um stand para apresentarem seus produtos: diversos vinhos brancos, rosés e tintos, de diversos estilos, desde os vinhos da Quinta da Lixa, que priorizam o frescor e a acidez, à Quinta dos Carapeços, que valorizam vinhos com aromas de frutas sobre-maduras. Foi uma experiência muito prazerosa conversar com eles, pois além de muito atenciosos, conheciam de verdade os produtos e marcas que estavam representando.
Entre eles, estava o Iono, que conheci quando visitei a Quinta da Lixa, experiência que descrevi aqui. Além de alguns que eu já tinha provado naquela ocasião, ele estava apresentando também os vinhos:
- Monsenhor, que já costumamos encontrar por aqui no Brasil, de estilo 'adamado', isto é, com sabor mais adocicado (15g/L de açúcar);
- Terras do Minho branco, um corte com as 3 castas mais comuns da sub-região de Souza. Seco, privilegiando a acidez da casta Arinto, com aroma muito fresco, e bastante 'agulha';
- Terras do Minho rosé, o único (Vinho Verde rosé) feito 100% com Touriga Nacional. De cor intensa, levemente mais adocicado que o branco, com aromas remetendo a morangos e framboesas.
Com espírito de equipe, Iono me direcionou também a outros produtores, entre eles a Quinta da Raza, representada pela Sra. Mafalda Teixeira Coelho. A empresa é um projeto de várias gerações, que se mantém familiar, sem no entanto deixar de se atualizar.
A Sra. Coelho me apresentou o rosé feito da casta Padeiro (Dom Diogo Padeiro), que ao lado da Espadeiro são as castas mais usadas para rosés de vinho verde. É tipicamente 'adamado', com aroma de trutas vermelhas frescas. Também provei o Dom Diogo Arinto, um monovarietal que exibe toda a acidez da Arinto, suavizada por nível de açúcar perceptível, mas não alto (8g/L). Mas o destaque foi o Vinho Regional do Minho Dom Diogo Alvarinho, com grande acidez, e aromas florais e frutados típicos da casta, intensos e persistentes. Só não é DOC por questões políticas: não é da sub-região de Monção e Melgaço. Mas não deve nada para estes últimos.
Outro produtor interessante foi a Quinta de Carapeços, com outro Alvarinho que merece destaque: Alvarinho Reserva 2010. Ele não é um Vinho Verde, mas mesmo assim, merece ser conhecido. Porém, tem uma proposta totalmente diferente do que estamos acostumados nos Vinhos Verdes: ele passa 12 meses amadurecendo em barricas antes de ser engarrafado. E como conseqüência, este ainda é do ano de 2010, já que o 2011 ainda está nas barricas. Percebe-se imediatamente a complexidade aromática e a estrutura que fornece a barrica, somando-se aos aromas da casta, e à boa acidez dos vinhos da região.
Quer conhecer mais a respeito de Vinhos Verdes? Leia: Dos Vinhos Verdes: Mas afinal, o que é Vinho Verde?.
Obrigado Rodrigo pela visita e pelo interesse na nossa Região e em especial pelos Vinhos da Quinta da Lixa.
ResponderExcluirSe necessitar de algo da Quinta da Lixa, dos Vinhos Verdes ou mesmo de Portugal não hesite...
Maior sucesso para o seu blog que pelo que estou a ver está mesmo crescendo:)!!
Deu até vontade de abrir uma garrafa agora!
ResponderExcluirEstes Vinhos Verdes foram o sucesso da Mesa Ao Vivo! :)
ResponderExcluirJá provei alguns vinhos da Quinta da Lixa e depois do texto do blog me deu vontade de provar o Terras do Minho rosé. Onde encontro para comprar em São Paulo?
ResponderExcluirOlá Lucas, obrigado por visitar o blog.
ExcluirConforme me explicou Iono, a Quinta da Lixa fechou um negócio para distribuição apenas no Rio de Janeiro. Eles ainda não tinham distribuidor em São Paulo, e vieram ao evento à procura de novos negócios. Espero que o consigam, e que seus vinhos cheguem a São Paulo, e a Campinas, claro!
Meu irmão indicou o seu blog hoje para mim e comecei a segui-lo a partir de agora. Fomos juntos no evento da semana passada e pudemos conhecer a quinta da lixa. O Luis gosta muito de vinhos e está me levando para este mesmo caminho. Caminho bom, né?!
ResponderExcluirValeu!!!
É um bom caminho, ótimo caminho, sempre com moderação, claro! É um mundo cheio de diversidade, cheio de sabores diferentes. Bons goles a você e seu irmão!
ExcluirAbraço!