Este natal, passamos no sítio de meus pais, nos arredores de Belo Horizonte. Fez calor como nunca, e não caiu uma gota de chuva. Desde o sábado, aproveitamos muita piscina, sinuca, além de amigos e parentes que vieram nos visitar.
A ceia de natal, que tradicionalmente fazemos à meia-noite, na virada do dia 24, foi uma reunião intimista, só com a família, porém farta e enfeitada. Dispusemos os presentes sob a 'árvore' de natal, no canto do salão, e a grande mesa de madeira foi enfeitada com pequenos adereços natalinos, além de um cesto de frutas, potinhos com diferentes frutas secas, patês e torradinhas.
O serviço do vinho ficou sob minha responsabilidade. Começamos brindando com um Anna de Codorníu, como aperitivo. Um cava que prima pelo frescor, acidez e aroma frutado. Na seqüencia, ainda no aperitivo, fomos de Crios Rosé de Malbec 2011, um vinho que quebrou o preconceito que meu pai tinha de rosés. Como fazia muito calor, me pediram para preparar uma sangria, com vinho tinto, frutas frescas, bastante gelo, e um pouco de água com gás. Desceu muito bem!
Enfim veio e meia-noite, hora de brindes, abraços e presentes. Foi mais emotivo do que de costume, por um presente: simples porta-retrato com uma foto de nossa viagem a Portugal. E depois dos presentes, o momento mais aguardado, a ceia. Meu pai pediu para passar para um tinto - é a preferência dele - e servi o Vinha do Bispado 2010, que foi por sinal o mesmo vinho usado na sangria. Mas com o calor, a maior parte continuou de sangria.
E para fechar a ceia, um doce de abacaxi, feito com uma camada de creme por baixo, abacaxi cozido em calda e picado no meio, e coberto de creme de claras, e com raspas de limão. Ficou no freezer até a hora de servir. Para a sobremesa, eu servi um Porto Lágrima da Quinta do Noval, que trouxera de Portugal.
Estava ansioso por essa harmonização, baseado no que havia provado na ocasião em que comprei a garrafa. O vinho é uma delícia, e no Brasil, estava tão bom quanto em Portugal. Tinha boa acidez, aromas cítricos e de frutas tropicais, e uma doçura na medida, com um final de boca com frutas secas e mel. Mas a doçura do vinho, somada à da sobremesa, carregou o paladar. Acho que essa história de o vinho ser mais doce que a sobremesa, nem sempre dá certo. Terminamos a sobremesa sem vinho, e o restante da garrafa foi melhor aproveitado no dia seguinte, acompanhando queijos e frutas secas.
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