29 de junho de 2013

Encontro de Vinhos Campinas 2013: Weinkeller

A segunda edição do Encontro de Vinhos em Campinas ocorreu neste sábado, e contou com diversos produtores e importadores, que dispuseram à degustação centenas de vinhos, de todos os tipos. E a julgar pela quantidade de pessoas que saiu com caixas de vinho debaixo dos braços, foi um ótimo negócio para todos. Diversos expositores aproveitaram a chance para vender diretamente aos consumidores, às vezes oferecendo descontos substanciais.

Um dos expositores que eu mais queria conhecer era a importadora Weinkeller. Recentemente, andei aprendendo e bebendo mais sobre vinhos alemães, principalmente sobre a sua estrela: a uva Riesling. E como gostei do que provei, só fiquei mais curioso e com mais vontade de conhecer mais.


A pequena importadora trabalha exclusivamente com vinhos alemães, tem contra si o preconceito nos consumidores nacionais com relação ao vinho alemão, mas tem a seu favor vinhos de qualidade, adequados para o mercado brasileiro, e preços muito competitivos. E para aqueles que se importam com um mundo mais sustentável, todos os seus fornecedores cultivam as uvas de forma orgânica. Apesar de não terem um site de e-commerce, a importadora vende também para o consumidor final, e despacha para todo o Brasil. Basta entrar em contato por telefone (contato no site da empresa). Mas quem teve a oportunidade de vir à feira, pôde comprar sem frete, e com bons descontos, que podiam chegar a 20%.

A maioria dos vinhos apresentados são do seu principal fornecedor: Weingut Heinz Pfaffmann, da região de Pfalz. É uma empresa familiar que produz vinhos desde 1616. Produzem exclusivamente dos próprios vinhedos, com vinhas de até 40 anos de idade.

Entre os brancos, começamos com o Weisburgunder trocken 2011 (R$75,00), da uva Pinot Blanc, um vinho seco, mas com aroma delicado e adocicado. Já o Riesling trocken 2011 (R$65,00) se mostrou mineral, ainda assim, mais aromático, e com acidez mais elevada. Comparando-o com outros Rieslings que provei recentemente, creio ser uma ótima relação custo-benefício. Quem foi à feira, pôde levá-lo por R$49,00. Eu levei duas garrafas.

Acompanhando a tendência da produção alemã, onde os vinhos semi-secos são muito comuns, a importadora apresentou o Riesling spätelese feinherb 2011 (R$59,00), a versão semi-seca do Riesling. As uvas para este vinho são colhidas alguns (2 ou 3) dias após a colheita do seco, resultando em um vinho um pouquinho mais doce. O aroma também muda, apresentando notas de frutas de caroço, mais maduras.

Na sequencia, o tinto Dornfelder-Merlot 2011 (R$72,00), é classificado no Brasil como semi-seco, mas não se sente tanto o açúcar: é um vinho vivo, com frutas vermelhas e folhas secas. O nível de açúcar e a acidez, em equilíbrio, amenizam a potência da uva Dornfelder, deixando o vinho macio.

O último apresentado foi um Pinot Noir, outra uva que tem bastante destaque no país (ao lado da Riesling). O Spätburgunder trocken 2011, produzido por Weingut Stern, um produtor com 8,5ha, com produção reduzida: deste rótulo, produzem apenas 2000 garrafas por ano. No nariz, apresenta notas de cerejas e framboesas. Na boca, mostra-se estruturado, com bom corpo, e deixa aparecer umas notas tostadas. Tem cor um pouco mais intensa que os Pinot Noirs da França, o que costuma agradar o público brasileiro. Custa R$105,00, e quem foi à feira, pôde comprá-lo por R$89,00.

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