Não precisamos utilizar nossos melhores vinhos para cozinhar, mas também não podemos usar um vinho ruim, imbebível, pois estragaria o prato. Como participo de clubes de vinhos, nem todos os que recebo me agradam tanto assim. Estes, costumo destinar a outros fins, como foi neste caso. O vinho Menciño veio pela Sociedade da Mesa. Um vinho simples, sem muita pretensão, com corpo mediano, sem passagem por madeira. Até dava pra tomar, mas tendo vinhos melhores pra beber, e precisando de um pra cozinhar, este foi selecionado para compor o prato.
Poule au vin
O prato original é coq au vin. Mas como usamos galinha, no lugar de galo, então o nosso é poule au vin. Ou melhor poule campagnarde au vin, afinal, foi galinha caipira, comprada na feira, e cortada em partes.O preparo começou marinando as partes da galinha no vinho e temperos. Para o marinado, uma cenoura, uma pimenta de cheiro, uma pimenta dedo-de-moça e 3 dentes de alho, triturados juntos no processador. A pasta foi adicionada no marinado, junto de um talo de salsão picado, e um punhado de sal. Algumas receitas falam para marinar o frango por 48 horas, mas marinamos apenas por 2h, e foi mais do que o suficiente.
Enquanto a galinha marinava, Thais refogou 150g de bacon cortado em cubinhos; e paralelamente, refogou também 400g de cogumelos de Paris picados. Na mesma frigideira que refogou o bacon, ela selou o frango.
Terminada aquela etapa, ela coou a marinada, reservando o líquido, e colocou para refogar a parte sólida, junto do bacon, dos cogumelos, 3 dentes de alho inteiros, e duas colheres de farinha de trigo, para engrossar o caldo. Logo acrescentou os pedaços de frango, refogou mais um pouco, e acrescentou o caldo do marinado. Terminou colocando uma folha de louro, um talo de alecrim, e um punhado de tomilho, frescos. Daí foi deixar tudo cozinhar até o frango ficar bem macio, soltando do osso. Cozinhou por quase uma hora e meia.
Foi servido acompanhado de arroz com gengibre. Sem alho, foi temperado apenas com sal e pedacinhos de gengibre. Um toque novo no arroz, que ficou muito bom, e combinou também com o poule au vin. O frango ficou extra macio, quase não era preciso de faca para cortar. O caldo, extremamente saboroso, e nisso o arroz é imbatível: coletar todo o caldo, para que nada se perca!
Eu queria fazer esta receita desde a primeira vez que assisti ao filme Leap Year (Casa comigo). Apesar de ser uma receita francesa o filme se passa na Irlanda e tudo o que é relacionado com este país maravilhoso me encanta.
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