20 de outubro de 2013

Amazon Beer: cervejas de frutas exóticas

Diferentemente do vinho, em que só se pode fermentar uva para resultar na bebida final, na cerveja há muito mais liberdade: encontramos por aí cervejas fermentadas com cerejas, banana, mel, rapadura... De Belém do Pará, a cervejaria Amazon Beer apostou na diversidade vegetal da Amazônia, para inovar na produção de cervejas. Eles produzem 5 cervejas com diferentes ingredientes da Amazônia, das quais provei quatro:


    Forest Bacuri: estilo Lager, com bacuri. Tem 3,8% de álcool. Faz mais de uma década que não como bacuri, mas o gosto da cerveja é bem o que eu me lembro da fruta: parecida com cupuaçu, porém mais doce, ainda assim, com um toque azedinho. Não sei quanto do aroma é devido à polpa adicionada, provavelmente nada, por isso a cerveja ainda tem adição de 'essência natural' de bacuri. Dizem que é indicada pra quem ainda não aprendeu a gostar de cerveja, pois é muito frutada, bastante doce. Mas eu admito, gostei muito.
    Witbier Taperebá: cerveja de trigo com 4,7% de álcool, e adição de taperebá (mais conhecida por cajá). Esta fruta, eu nunca provei. Mas a cerveja é gostosa. É relativamente turva, e tem um aroma de banana, típico de cervejas de trigo (normalmente devido ao tipo da levedura), e também de fruta exótica (parece óbvio). Mais uma vez, foi necessário acrescentar 'essência natural' para se obter o sabor.
    IPA Cumaru. Cerveja estilo ale, com 5,7% de álcool, mais escura, maturada com sementes de cumaru, que é dita a baunilha da Amazônia. Nunca provei a fruta, mas a cerveja tem aromas próximos ao de açúcar mascavo e cravo. Porém, é amarga demais, provavelmente devido ao lúpulo, já que é "extremamente lupulada". Não foi preciso adicionar 'essência natural', mas o resultado ficou muito ruim, para o meu paladar. O retrogosto, infelizmente, parecia infinito, tanto o amargor quanto o aroma pareciam não terminar nunca.
    Red Ale Priprioca. Prioprioca é uma raíz da Amazônia, que eu nunca tinha ouvido falar. A cerveja é de estilo ale um pouco mais avermelhada que a anterior, e um pouco mais alcoólica (6%). O cheiro da cerveja me lembrou própolis. Nem era tão amarga no paladar (pelo menos após tomar a anterior), mas o cheiro era muito amargo. Nem precisa dizer o quanto era difícil tomar.
A quinta cerveja, que eu não provei, é do estilo stout (cerveja escura, feita com maltes torrados), e com adição de açaí.


A cervejaria possui um bar na cidade de Belém, na Estação das Docas. Além das cervejas aromatizadas descritas acima, servidas como chope, eles também possuem cervejas 'regulares', no estilo 'pilsen', sem adição de ingredientes da Amazônia. Conheci as cervejas, me falta conhecer o bar.

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