Não tenho nada contra o Beaujolais Nouveau, e considero que todo vinho, contanto que seja mais vinho do que produto de laboratório, é válido, e tem sua ocasião certa. Mas o Beaujolais Nouveau é um vinho pra 'matar a sede', em festas, e não faz sentido que custem R$80 a garrafa - se você conseguir comprar uma, pois normalmente se esgotam no importador ainda durante a pré-venda. Por isso, prefiro um Cru de Beaujolais - que é a crème de la crème dos vinhos da região - por R$46,00, um ótimo negócio.
A Winelands havia trazido estes dois Crus de Beaujolais, no início do clube, antes de eu me inscrever nele. Porém, tive a oportunidade de obter algumas garrafas de cada um. Meu interesse sobre estes vinhos aumentaram significativamente após degustação dirigida na
Na ocasião, aprendi que eles são vinhos de guarda mais longa, que podem apresentar características mais complexas, e podem ter boa estrutura. Principalmente, que os vinhos das AOPs Brouilly e Juliénas estavam entre os mais encorpados e longevos da região. Escolhi para hoje o Brouilly.
- Brouilly Pollen 2009: tinha cor mais intensa do que eu esperava. Na foto acima, há apenas um pouquinho de vinho na taça, de forma a tentar captar melhor as nuances violáceas. Está muito vivo, com aromas de frutas negras (cerejas negras, blackberry), folhas secas, e após deixá-lo respirar um pouco, apareceram notas de café. Tem corpo médio, taninos até pronunciados, e acidez na medida. Não é à toa que o sommelier do clube recomendou apreciá-lo junto de um entrecôte bovino. Eu não o fiz, tomei-o puro, mas imagino que deva ficar muito bom, com um entrecôte.
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