3 de novembro de 2013

Trôno Real Bruto 2009


Este espumante foi produzido pela Vinícola Castelar, na Bairrada. Foi feito com Bical, Maria Gomes, Arinto (30% cada) e Baga (10%), pelo método tradicional, apesar de o site do produtor não fornecer informação sobre quanto tempo passou em autólise. Mas eu acredito que não foi muito.

Logo ao abri-lo, ele mostrou características de um espumante evoluído. A rolha quase que se expulsou sozinha, e imediatamente percebi como a base dela não se expandiu quase nada, mantendo-se praticamente com o formato do bico da garrafa. Isso elevou a minha expectativa, esperando encontrar o produto em seu ápice, briochée, o aroma de brioche amanteigado que só os melhores espumantes feitos pelo método tradicional podem chegar a exalar.

Mas não foi o que encontrei. Despejei o vinho na taça, e percebi que sua cor era amarelo-ouro. Isso era esperado. Também era esperado que a espuma não fosse mais tão intensa, como realmente ocorreu. O que eu não esperava era que ele tivesse perdido um bocado da acidez, e por isso, estava pesado, e com amargor além da conta. O aroma não tinha nada briochée, apenas um pouco de pêssego em calda, que não demorou muito para se apagar.

Enfim, creio que ele havia sido feito para se tomar jovem. Passou do ponto, estava em franca decadência.



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