Pela quantidade de vinhos portugueses que provo, dá pra reparar como me agradam, os tintos e brancos. Já com os rosés deles, não costumo me empolgar muito. É bem verdade que não provei tantos, até porque não é tão fácil encontrá-los por aqui (excetuando-se os Matheus e Lancers da vida...). Quando encontro um, é um regional alentejano. Tive uma boa surpresa com o Lima Mayer, mas em geral, não são os melhores rosés. Se por um lado, eles são secos, por outro, me parecem consistentemente um pouco alcoólicos demais.
Esta garrafa do Herdade Paço do Conde Rosé 2012 me foi recomendada como um vinho que não teria este defeito, afinal possui apenas 12,5% de álcool.
Ele possui cor de pomelo, aroma de frutas vermelhas, algo cítrico e amargo do pomelo, além de um toque de merengue, que se percebe quando está mais frio. Como está muito calor, comecei por prová-lo muito fresco, no balde com gelo. Porém, frio como ficou a princípio, não foi a melhor forma de servi-lo. Na boca, percebia-se bastante o amargor, e um pouco do álcool. Como esquentava rapidamente na taça, foi possível perceber que melhorava substancialmente com o aumento da temperatura. O amargor passava, o álcool passava a incomodar menos, mas ainda sobrava.
Não é ruim, mas não atendeu minha expectativa, principalmente quando eu esperava um vinho para ajudar a refrescar o calor, e para isso, ele não chega a ser uma boa opção. Por outro lado, a refeição veio ao resgate do vinho. Ele foi servido com umas bistecas grelhadas, temperadas com com salsa, alho e pimenta dedo de moça. A refeição, adequada para um vinho rosé como este, ajudou a amenizar a sobra do álcool.
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