21 de fevereiro de 2015

Cozinhando com vinho tinto e frutos do mar

Lulas recheadas ao molho de vinho tinto



Uma das desarmonizações mais implacáveis entre vinho e comida é o conflito entre frutos do mar e vinho tinto. Quando consumidos juntos, ocorre uma reação que dá um gosto metálico forte e desagradável. O que se costuma dizer a respeito é que se trata da reação dos taninos do vinho com o iodo presente nos frutos do mar.

Mas o que acontece quando preparamos um prato de frutos do mar com molho de vinho tinto, como o oktapodi krasato - polvo ao vinho tinto - prato típico da comida grega? Eu e minha mulher já comemos este prato no restaurante Acrópoles, no bairro do Bom Retiro em São Paulo. e o gosto metálico não aparece. Aliás, tudo que comemos lá estava delicioso, e apesar de ser um restaurante com serviço meio peculiar, recomendo fortemente.

17 de fevereiro de 2015

Quercus Beli Pinot 2013


Na fronteira entre a Eslovênia e a Itália, se localiza uma região de grandes vinhos brancos. Do lado italiano, fica a região delimitada de Collio Goriziano (ou apenas Collio DOP), dominada por colinas repletas de terraços plantados com vinhedos, a meio caminho entre a cadeia dos Pré-Alpes e o mar Adriático.

As colinas se estendem até o lado esloveno, formando uma única região vinícola dividida pela fronteira entre os dois países. Do lado esloveno, ela é chamada de Goriška Brda, que se traduz como “colinas de Gorizia”. Dos dois lados da fronteira há o mesmo solo, mesmo clima, enfim, o mesmo terroir, e portanto, o mesmo potencial para produção de grandes vinhos, principalmente os brancos.

11 de fevereiro de 2015

Lambrusco di Sorbara D.O.C. 2012

Como reconhecer um bom Lambrusco


Os Lambruscos ganharam má fama pela enorme quantidade de produtos ruins, que correspondem à imensa maioria do que encontramos à venda nos supermercados. Mas existem Lambruscos de qualidade superior, e seus produtores estão trabalhando fortemente para restabelecer a reputação de seus produtos. E de vez em quando, podemos sim encontrar alguns deles no Brasil. Mas você sabe diferenciar um bom Lambrusco, de um ruim?

6 de fevereiro de 2015

Picpoul de Pinet


Na região costeira do Languedoc, sul da França, esta uva pouco conhecida tem uma Denominação de Origem só pra ela. A uva é a Picpoul (ou Piquepoul), e nos arredores da comuna de Pinet, a 10Km do Mediterrâneo existem 1400ha demarcados da AOP Picpoul de Pinet, que foi elevada à categoria AOP em 1985. Esta pequena uva de amadurecimento tardio, plantada no solo calcário do Languedoc e entremeada da garrigue mediterrânea, atravessa o clima seco do verão, e termina sua maturação no início do outono, para gerar vinhos de discretos aromas florais e cítricos, perfeitos para acompanhar peixes e frutos do mar.

5 de fevereiro de 2015

Wäls Petroleum

Quando estava para ir para BH, um colega me falou dessa cerveja Wäls Petroleum e pediu pra trazer umas garrafas de lá. Curioso, procurei comentários a respeito dela, e só li boas críticas. Trouxe umas garrafas para ele, e uma para mim mesmo, para poder provar. Custou R$15,90 cada.

Por todas as características descritas - estilo 'russian emperial stout', adição de chocolate, 12% de álcool, super encorpada - guardei para tomar em um dia frio, pois no calor ela provavelmente seria difícil de tomar. Ainda bem que chegou essa frente fria trazendo chuva, que além da muito bem vinda chuva em si, me poupou de guardar uma garrafa de cerveja até maio.

4 de fevereiro de 2015

Nhoque de mandioquinha com ragu

O nhoque da Thais é imbatível. Quando ela faz nhoque, todo mundo lambe os beiços. A receita dela é de mandioquinha, com um toque de noz-moscada raspada na hora, um pouco de queijo grana padano ralado, e o mínimo possível de trigo. Nem óleo nem manteiga, só uma gema de ovo para dar liga. Ela diz que nem dá trabalho, mas quando eu ajudo a colocar pra cozinhar, eu vejo que dá, sim, bastante trabalho.

Às vezes eu faço um pesto como molho do nhoque, mas desta vez, ele foi servido com ragu de carne. Para fazer o ragu, primeiro, ela coloca o alho picado no azeite, logo joga o tomate já pelado, e meio despedaçado, um pouco de sal, e por fim os pedaços de maçã do peito. Aquilo fica cozinhando até a carne desmanchar. Isso que é slow food.

3 de fevereiro de 2015

Pinot Noir neozelandês com ossobuco ao vinho

Esta noite, o jantar foi um ossobuco braseado no vinho tinto. Não sabe o que é braseado? É cozido bem lentamente em baixa temperatura, segundo explica a autora da receita, Fabiana Pinfildi, do blog Figos e Funghis (clique aqui para ver a receita).

Thais preparou o ossobuco em uma panela de barro, que trouxemos desta última viagem a BH, e por isso, não foi necessário levar ao forno (uma opção da receita original). Além disso, em vez da massa, Thais usou os legumes que tinham sido usados para fazer o caldo de legumes, e refogou-os no molho que ficou do ossobuco, para servir como acompanhamento. Ficou um espetáculo!