O molho era à base de salsinha picada e limão siciliano, e levou também cogumelos de Paris, alho e pimenta dedo-de-moça. Para preparar, primeiro ela triturou os cogumelos com o alho no processador, e deu uma refogada rápida na pasta que se formou. Em seguida, tirou do fogo, colocou na travessa, adicionou o limão (suco e raspas), muita salsinha, sal e pimenta dedo-de-moça picada. Misturou, e estava pronto.
O bife era de alcatra (não dá pra comer filé mignon todo dia...) cortado em fatias de dois dedos de largura. Ela os preparou em uma grelha de ferro fundido, pesada, que atinge a temperatura necessária para fazer um bife ao ponto, rosado e suculento por dentro, e com as listras zebradas bem marcadas por fora. São 5 minutos de um lado, e 3 do outro, e está pronto.
De acompanhamento, teve arroz com lentilha, aspargos grelhados (ou seriam refogados?), e salada. Precisa de mais nada! Quer dizer, precisa só do vinho para acompanhar.
Harmonização
Para um bife suculento, tem que ser um tinto cheio de taninos, certo? Mas e o molho de limão? A acidez pode conflitar com o tinto, deixá-lo amargo. Os tannin-lovers que me perdoem, mas preferi me abster dos taninos em prol do molho. E por isso, optei por um estilo de vinho que muitas vezes é esquecido em harmonizações, mas que exatamente por ser mais sutil, mais delicado, é muito mais versátil para acompanhar diversos pratos: o rosé.Escolhi o Quercus Rosé 2013, rosé 100% Merlot, da Eslovênia. Ele já estava na adega, mas coloquei no congelador, ainda quando a Thais começava a preparar o almoço, para dar uma gelada rápida e ficar no ponto. Este rosé tem uma cor cereja brilhante de intensidade média, aromas de frutas vermelhas frescas e um toque cítrico, é seco, com boa acidez, e corpo de médio para leve. Não brigou com o molho - pelo contrário - e acompanhou muito bem a carne, sem se impor, sem ser anulado, refrescando o calor do dia, e deixando o sabor do molho prevalecer. Harmonização excelente!
Este vinho é produzido pela Cooperativa de Goriška Brda, que é a região mais a oeste da Eslovênia, junto à fronteira com a Itália. Do ponto de vista do terroir, esta região é uma extensão do Collio Goriziano, do outro lado da fronteira. É uma região dominada por colinas, que são tomadas por terraços onde se estendem as vinhas. O clima é definido pela influência do Mar Adriático de um lado, e dos Pré-Alpes de outro, formando um cenário ideal para a produção de vinhos frescos e gastronômicos. O vinho veio na remessa de março do clube de vinhos Winelands.
Apesar de muitos produtos de feiras de rua terem os preços um pouquinho mais caros do que grandes redes de supermercados, uma vantagem grande é que o atendimento é mais pessoal, você tem liberdade de fazer muitas perguntas, trocar ideais e também de provar antes de comprar, além do clima que me faz lembrar de um tempo em que as pessoas eram mais cordiais umas com as outras. Indo na feira para comprar algumas coisas para o almoço citado acima, eu acabei me deparando com figos frescos e pêssegos que estavam implorando para serem levados para a minha casa. Não resisti e acabei comprando. Aí veio a pergunta, o que fazer com eles? Chegando em casa vi o pote de açúcar mascavo em cima do balcão do café da manhã e na hora pensei em caramelo. Caramelo combina com que? Pêssego e figo grelhado, é claro ;)
ResponderExcluirPara saber como terminou, vai lá no próximo texto do blog :)
http://www.sobrevinhoseafins.com.br/2015/03/quinta-do-noval-tawny-20-anos.html
Abraços,
Thais
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