Eu gostei da cerveja, mas para ser sincero, eu não tenho certeza de quanto. Bonita cor âmbar translúcida, espuma volumosa mas pouco persistente, sabor do malte aparece bem, ao lado do sabor de caramelo e baunilha vindo da madeira, amargor leve e equilibrado, e 6,6% de álcool bem integrado.
Eu até já tinha tomado cervejas maturadas em barris algumas vezes, mas dá pra contar nos dedos, e nunca uma tinha o gosto tão evidente da tosta da madeira. Não me pareceu enjoativa, tem o fator novidade, e ficou muito boa com costelinhas de porco ao molho de mostarda. Mas, por outro lado, aquele gosto nítido de tosta de barrica nova me lembrou o mesmo sabor marcado que têm alguns vinhos que exageraram na madeira. Realmente, preciso provar de novo, a cerveja.
A história da fábrica é curiosa. Ela foi fundada em 2002, e de acordo com a história no site da empresa, eles começaram a produção a pedido de uma destilaria que queria barris maturados com cerveja, para dar sabor ao seu whisky. No início, a cerveja era jogada fora, até que alguns meses depois, resolveram prová-la, e descobriram que era muito boa. Por isso resolveram vender, e foi grande sucesso.
Porém, creio que a destilaria em questão não deve comprar um volume muito grande de barricas, por isso eles precisaram utilizar pastilhas (chips) de carvalho, em um processo que registraram com o nome de oakerator (que traduzindo, seria um 'carvalhizador'). Ainda de acordo com o site da empresa, os processos se complementam: a cerveja passa 30 dias em barricas, e o restante no oakerator.
Ela é importada pela Porto A Porto / Casa Flora, e custou R$13,90.
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