Dia desses, acordei, levantei, e fui ler emails. Eu havia recebido um email do Sonoma, que comentava a respeito de um vinho branco português. O email dizia que o vinho estava sendo oferecido no concorrente a R$64,90, mas em uma concorrência direta, eles fariam por R$49,90. Diante de tamanha ousadia, eu me senti tentado a comprar do vinho, para conhecê-lo. E foi assim que comprei uma garrafa do Quinta da Mieira Branco 2011, do Douro.
Ele é 100% Rabigato, uma uva típica do Douro, mas que raramente aparece sozinha em um vinho. Ele é produzido pela Quinta da Mieira, propriedade de João Turégano Caetano, professor universitário, que a adquiriu em 2009. A quinta possui no total 30 hectares, com vinhas de Rabigato de mais de 50 anos de idade, que deram origem a este vinho. Seu branco 100% Rabigato, que teve primeira safra em 2010, é 'a menina dos olhos' do produtor, e logo ganhou elogios da crítica. A quinta não tem um site próprio, mas se quiser conhecer um pouco mais sobre a pessoa e a propriedade, sugiro o artigo Um hobby que se transformou em negócio, no site Ponto de Vista.
A safra 2011 chegou ao Brasil no início de 2013, pelas mãos da Importadora Winery, e desde então figurou em diversos blogs nacionais, sempre muito bem avaliado: Falando de Vinhos, Vinhos de Corte, Blog do Jeriel e Papo de Vinho. No entanto, as resenhas se referiam a provas em 2013, o que dava margem e que o vinho já tivesse evoluído.
Levei-o a um encontro com amigos, em um restaurante. Ao ser servido, mostrou uma cor já dourada, porém brilhante, sugerindo que já havia evoluído um pouco. Os aromas mostravam um toque de evolução, com pêssegos e physalys escoltados por notas de avelãs e iodo, que o deixaram muito interessante. Na boca, mostrou uma acidez inabalada, com uma estrutura ao mesmo tempo cheia e elegante, e com aromas de boca confirmando o nariz, e boa persistência. A intenção era que acompanhasse algum prato, mas foi o primeiro vinho a ser servido, e não durou nem até as entradas. Todos adoraram, e o vinho se foi rapidamente!
Eu comprei a garrafa em março, e no momento, ela não está mais disponível no Sonoma, mas pode ser que volte a qualquer momento. Enquanto isso, ela está no site da Evino, o concorrente, por R$64,90, ou seja, um pouquinho mais caro do que o que eu paguei. Eu acho que vale o preço, mas por R$50, seria bem melhor!
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