O Solera 1847 é produzido pela Gonzalez Byass, o mesmo produtor do famoso Tio Pepe. Porém, diferente do Tio Pepe, este é um Jerez Cream, que significa que é doce (tem 128 g/L de açúcar, é bastante coisa, mas não é enjoativo, garanto). Ele possui cor castanha, que em espanhol chamam de caobá, de média intensidade. Ele possui aroma e sabor intensos, trazendo notas de frutas secas (ameixas, figos e uvas passas), caramelo e amêndoas torradas. É untuoso, bem doce, mas com uma refrescante acidez que só dá vontade de tomar mais. Tem uma ótima persistência aromática, típica desses vinhos, e vai muito bem com sobremesas.
Tomamos ao final da reunião da nossa confraria, acompanhando um pudim de doce de leite e laranja, uma sobremesa doce, mas não tanto quanto o vinho. O sabor da laranja e da calda do pudim entram em perfeita harmonia com os sabores do vinho. Ambos se complementaram perfeitamente, e a excelente acidez não deixou a experiência ficar enjoativa.
O vinho foi comprado por um dos confrades no Emporium Diniz, no Shopping Iguatemi de Campinas, e custou R$114. Ah, e o ano não se refere à safra do vinho: faz parte do nome, e se refere ao ano de nascimento do primeiro filho do fundador da empresa (ela foi fundada por Manuel Maria González, no ano de 1835, e permanece nas mãos da família González).
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