4 de novembro de 2015

Jerez Cream Solera 1847, #sherryweek

Esta semana, de 02/11 a 08/11 é a Semana do Jerez. Para entrar no clima, trago a sugestão do Jerez Cream Solera 1847.


O Solera 1847 é produzido pela Gonzalez Byass, o mesmo produtor do famoso Tio Pepe. Porém, diferente do Tio Pepe, este é um Jerez Cream, que significa que é doce (tem 128 g/L de açúcar, é bastante coisa, mas não é enjoativo, garanto). Ele possui cor castanha, que em espanhol chamam de caobá, de média intensidade. Ele possui aroma e sabor intensos, trazendo notas de frutas secas (ameixas, figos e uvas passas), caramelo e amêndoas torradas. É untuoso, bem doce, mas com uma refrescante acidez que só dá vontade de tomar mais. Tem uma ótima persistência aromática, típica desses vinhos, e vai muito bem com sobremesas.

Tomamos ao final da reunião da nossa confraria, acompanhando um pudim de doce de leite e laranja, uma sobremesa doce, mas não tanto quanto o vinho. O sabor da laranja e da calda do pudim entram em perfeita harmonia com os sabores do vinho. Ambos se complementaram perfeitamente, e a excelente acidez não deixou a experiência ficar enjoativa.

O vinho foi comprado por um dos confrades no Emporium Diniz, no Shopping Iguatemi de Campinas, e custou R$114. Ah, e o ano não se refere à safra do vinho: faz parte do nome, e se refere ao ano de nascimento do primeiro filho do fundador da empresa (ela foi fundada por Manuel Maria González, no ano de 1835, e permanece nas mãos da família González).


Jerez Cream

O Solera 1847 é produzido a partir do blend entre um Amontillado e um Pedro Ximénez (dulce natural). Cada um é produzido separadamente, e ambos envelhecem por aproximadamente 8 anos antes do engarrafamento, em sistemas de criaderas y solera. O Amontillado é um estilo de Jerez seco, generoso, feito da uva Palomino. Já o Pedro Ximénez se refere à variedade de uva, e também ao estilo de vinho, chamado dulce natural, em que as uvas são colocadas para secar, e o mosto ainda é fortificado logo no início da fermentação, conservando quase todo o açúcar da uva. Misturando-se os dois, temos um vinho de doçura intermediária, e que soma sabores de um e outro estilo. O Solera 1847 é feito com 75% de Amontillado e 25% de Pedro Ximénez.

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