Contratamos um transfer, que nos levou num domingo chuvoso até Joanópolis. Chegamos pouco antes do meio-dia, um pouco adiantados para a nossa reserva. Desta vez, a Sra. Heloisa não estava presente, pois havia viajado junto de seus queijos para apresentá-los em uma prova internacional, nos Estados Unidos. Mas sua equipe nos atendeu muito bem.
Entradas
Com toda aquela apresentação de tantos queijos diferentes, nossa turma não resistiu, e acabou pedindo a 'degustação do chef', que incluiu 10 queijos diferentes, além de uma geléia, um chutney, figos frescos, e uma cesta de pães. E até quem não gostava de queijo de cabra passou a gostar, de tão bom! O cardápio agora é menor, e completamente rotativo, sempre focado nos ingredientes da estação. E como está na época do figo, uma das opções de entrada era exatamente o figo grelhado ao mel, com queijo rolinho do bosque. Pedimos dois desse, além de uma salada de folhas fresquinhas, cultivadas na propriedade, e de cultivo orgânico, isto é, livre de pesticidas.Cabrito
Para o prato principal, eu fui focado desde casa que eu queria comer o cabrito. Eu tinha comido cabrito uma vez na minha vida, em Portugal. Comi, mas não morri de amores pela carne, feita na brasa, que estava meio seca e com gosto forte. Mas algo me dizia que a do Capril seria muito melhor, e foi mesmo. O preparo do dia era cozido por 5 horas no vinho branco, e servido com molho de especiarias, purê de mandioquinha, e couve crocante. Estava fenomenal, muito saboroso. Vale lembrar que a carne servida no bistrô não provém das cabritas criadas na propriedade. As deles são criadas exclusivamente para produção de leite, enquanto que a carne servida provém outra propriedade, onde são criados especificamente para corte.Para acompanhar a refeição, nós havíamos levado nossos próprios vinhos. Como a turma gosta mais de tintos, mesmo, levamos dois, um italiano de Chianti, e um português da Península de Setúbal. O Chianti Ruffino 2013 era mais leve, com acidez em destaque, taninos mais discretos, e aromas florais, de frutas vermelhas, e chá. Serviu adequadamente para os queijos, e foi perfeito para quem pediu massa ao funghi. Já o português foi o Serras do Azeitão 2014, produzido pela Bacalhôa. De corpo médio, com tanino um pouco mais presente, e bastante especiaria no aroma, o que se amplificou com o molho do cabrito. A pimenta do molho e o álcool também se amplificaram um pouco mutuamente, mas não chegou a comprometer a combinação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sintam-se livres para comentar, criticar, ou fazer perguntas. É possível comentar anonimamente, com perfil do Google, ou com qualquer uma das formas disponíveis abaixo. Caso prefiram, podem enviar uma mensagem privada para sobrevinhoseafins@gmail.com.