5 de julho de 2016

Inniskillin Vidal Icewine 2012

Sempre que bebemos Icewine é um acontecimento marcante. Esse precioso líquido dourado, normalmente engarrafado naquelas pequenas garrafinhas alongadas de 200mL, merece todas as formalidades e atenção. E a sua apreciação sempre merece um registro.

No último encontro da confraria, tivemos outra garrafinha de Icewine para compartilhar entre os confrades. Desta vez, era o Inniskillin Vidal Icewine 2012, feito da mesma uva - a Vidal - e na mesma região - a Península de Niágara, região dos Grandes Lagos, no sul do Canadá. Para uma apresentação da uva e da região, deixo como referência o texto do Icewine anterior: Jackson-Triggs Vidal Icewine 2012. Resta-me apenas fazer uma pequena introdução à vinícola.

Inniskillin

A Inniskillin foi fundada em 1975, e foi a primeira nova licença para produção de vinho, concedida pelo governo canadense, desde 1929. O nome presta homenagem a um regimento de infantaria irlandês: the Royal Inniskilling Fusiliers. Inicialmente, produziam vinhos de mesa, inclusive, de uvas americanas. A primeira tentativa de produção de Icewine ocorreu em 1983, porém os pássaros dizimaram as uvas maduras antes do inverno chegar. A partir do ano seguinte, eles passaram a cobrir as videiras com telas, para proteger os frutos. E assim, na safra de 1984, produziram seu primeiro Icewine, que foi também o primeiro produzido em escala comercial no Canadá.

Em 2006, a marca passou a fazer parte do grupo Constellation Brands, o mesmo que também possui a marca Jackson-Triggs. Ou seja, eles são concorrentes de si mesmos.

Uvas congeladas cobertas por uma rede, no vinhedo Inniskillin (crédito: Bloomberg)
Eu costumo dispensar corta-gotas, mas no caso do Icewine, prefiro usar, para não desperdiçar nenhuma gota. Dividi quase igualmente em taças para licor, uma taça mais adequada do que a taça de vinho normal, para este caso. E claro, antes de tomarmos, um novo brinde, e seguimos tomando bem devagarinho, prolongando o prazer fornecido pelo vinho.

Ele tinha cor dourada de alta intensidade, e bem brilhante. Era viscoso, como é de se esperar de um Icewine. O aroma também era intenso, com geléias de frutas amarelas (nectarina, pêssego), mel e um gostoso cítrico remetendo a maracujá. Na boca, é untuoso, com um sabor intenso, doçura intensa, escoltada por uma acidez ainda maior. E no fim, uma boa persistência, destacando a geléia e o maracujá.


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