Pinha Rosé 2015

Desde o mês passado, passei a fazer parte de mais um clube de vinhos: o Vinhoclube, que pertence à Casa Rio Verde, uma importadora e loja de vinhos de Belo Horizonte. Desde que tomei conhecimento deles, eu fiquei acompanhando, e me chamou a atenção a modalidade Summer, que oferece exclusivamente brancos e rosés. Portanto, não poderia deixar de ser essa a modalidade que eu escolhi.

E já na primeira remessa, recebi um rosé português, da região do Dão: é o Pinha Rosé 2015, composto de Touriga Nacional e Tinta Roriz. Quem está por trás deste vinho é Carlos Lucas, que foi sócio fundador da Dão Sul (responsável por marcas como a Quinta do Encontro no Dão, e Rio Sol no Vale do São Francisco - sim, no Brasil!) e líder da equipe de enologia até 2011, quando se desligou do grupo. Mas este novo projeto não se iniciou em 2011, e sim em 1994, quando Carlos Lucas comprou a Quinta do Ribeiro Santo, no Dão, e replantou todas as vinhas. Começou a produzir seus próprios vinhos já em 2000. Mas este rosé, foi lançado somente em julho deste ano, a tempo do verão português. E tão logo foi lançado lá, a Casa Rio Verde já o trouxe para cá.

Sua cor rosada singela e seus aromas francos de frutas vermelhas frescas podem levar à falsa impressão de que se trata de um vinho mais levinho, mas não se deixem enganar, pois ele mostra um meio de boca bem volumoso. Creio que essa é uma característica dos rosés portugueses - isto é, pelo menos dos secos - que como numa espécie de antítese aos mais famosos e infames rosés 'adamados', leves e adocicados, os secos sempre buscam primar pela estrutura. O Pinha, bem dentro desse conceito, tem corpo médio, acidez média, álcool equilibrado, e um meio de boca volumoso.

Aproveitando Portugal como tema, este vinho acompanhou uma alheira, que junto de um pãozinho e um bom azeite português, constituiu nosso lanche de uma noite de semana. Simples, e delicioso.

Quem tiver interesse em conhecer o vinho, ele agora está disponível no Vinhosite, o site de e-commerce da Casa Rio Verde.