Um espaço onde relato minhas experiências no mundo dos vinhos.
E eventualmente, também experiências relativas a outras bebidas.
4 de fevereiro de 2017
Vinho à beira da praia: por quê não?
Neste verão, tirei uns dias de férias na praia, em Natal. Fazia mais de 20 anos que não ia a Natal, e como mudou a cidade! O cajueiro, coitado, foi todo cercado de lojinhas, e não tem mais pra onde crescer. A lagoa de Genipabu, disseram que secou; e o 'skibunda' agora fica na lagoa de Jacumã, que parece estar caminhando para a mesma triste sina. Mas nem tudo que o progresso trouxe foi de ruim, e a região de Ponta Negra, distante da realidade de Alcaçuz, bomba de bares, restaurantes e vida noturna (soldados do exército patrulhavam a todo momento, garantindo a segurança da população e dos turistas).
Apesar de termos desfrutado de passeios pelas praias ao sul e ao norte da cidade, o melhor da viagem foi mesmo curtir as piscinas do hotel no fim de tarde, vendo as ondas do mar ao fundo. Melhor que isso, só bebericando um vinho branco bem fresco! Então, em um desses fins de tarde, finalmente abrimos uma garrafa, o garçom nos trouxe taças de plástico (à beira da piscina, só plástico) e um balde com gelo para a garrafa, e curtimos o vinho, vendo e ouvindo as ondas. Uma garrafa foi pouco, e acabamos abrindo mais uma.
O primeiro, foi o De Muller Solimar Blanco 2015, D.O. Tarragona (Catalunha). É um vinho de entrada da vinícola De Muller, um corte de 70% Macabeo (o nome local para Viura), 20% Moscatel de Alexandria e 10% de Sauvignon Blanc. Vinho leve, bem refrescante, de acidez vibrante, com aromas predominantemente cítricos (casca de limão) e de frutas de polpa branca (pêra), somados a um fundo floral.
Na seqüência, abri outro espanhol, o Descomunal 2015, um vinho 100% Verdejo, da DO Rueda. É uma linha alternativa das Bodegas Cuatro Rayas, a maior vinícola dessa DO especializada em vinhos brancos. Diferente de outros Ruedas que já tomei, este lembra frutas mais maduras, e em vez de aromas herbáceos típicos da Verdejo, me lembrou tutti-frutti. Na boca era seco, com boa acidez, ligeiramente mais encorpado que o anterior, mas ainda um bom vinho para se tomar à beira da praia/piscina.
Esses vinhos, eu mesmo os levei na viagem, já considerando a possibilidade de bebericar um vinho à beira do mar. Ambos vieram pelo Vinhoclube Summer, a modalidade que assino. O nome diz tudo, vinhos para o verão! Ambos estão disponíveis no Vinhosite.
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Algum dia, quem sabe, meus colegas e convivas não me olharão torto quando eu sugerir abrir uma garrafa de vinho à beira da piscina, enquanto se esbaldam em mais uma leva de latinhas de Skol.
ResponderExcluirÀs vezes a vida de enófilo é solitária, mas a esperança é a última que morre!
:)