A Codorníu foi a precursora dos espumantes espanhóis, e hoje é uma das duas gigantes desse nicho. Sua sede fica em Sant Sadurní D'Anoia, a capital do Cava, na Espanha. Eu não sou fã dos seus espumantes de entrada de gama (Codorníu Clásico); já as linhas Anna de Codorníu, e este Gran Codorníu, valem a pena (infelizmente, as linhas superiores nem chegam no Brasil).
O uso de Pinot Noir na produção de Cava é relativamente recente. Ela só foi autorizada a partir de 1990; antes disso, só eram permitidas as variedades espanholas. De acordo com o produtor, o Gran Codorníu foi o primeiro Cava 100% Pinot, tendo sido produzido pela primeira vez em 2002. Ele é safrado, e passou 12 meses de rima, isto é, em contato com as borras.
Diferentemente do Champagne na promoção, este Cava não era um estoque novo, o que foi possível inferir ao sacar a rolha, que não se expandiu. Isso não significa necessariamente que a bebida esteja comprometida, mas nesse caso, creio que já começava a decair. Via de regra, os Cavas - especialmente rosés - são mais encorpados; mas creio, por já tê-lo provado em outras ocasiões, que a acidez estava um pouco debilitada. O aroma também começava a deixar transparecer notas mais doces, como bala de alcaçuz vermelho e suspiro.
Mas era longe de estar ruim: ainda tinha bastante gás; o aroma, apesar de já mostrar uma evolução, ainda tinha uma boa dose de fruta; e por mais que faltasse um pouco de acidez, ainda era muito melhor que os Clasicos. No fim, tornou o lanchinho da noite mais agradável, mas ainda bem que tinha só uma garrafa disponível.
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