13 de outubro de 2017

Luigi Einaudi Barolo Terlo 2011

Este foi mais um dos vários grandes vinhos que tenho o privilégio de conhecer por participar de uma confraria de vinhos. O tema do encontro foi Nebbiolo, e com alguns exemplares inusitados vindos de fora da Itália. Mas não tem pra ninguém, a terra de excelência da Nebbiolo é realmente o Piemonte, e o maior de todos, o Barolo.


O representante dos Barolos foi o Luigi Einaudi Barolo Terlo 2011, produzido pela Cantina Poderi Luigi Einaudi. A empresa foi fundada em 1897 por Luigi Einaudi, que a título de curiosidade, foi o primeiro presidente da república da Itália, em 1948. Ele comprou a primeira propriedade em 1897, na região de Dogliani, também no Piemonte. Desde então, a empresa foi adquirindo novos vinhedos, e hoje possui 145 hectares de vinhedos pelo Piemonte.

O ingresso da Poderi Einaudi em Barolo ocorreu com a aquisição do vinhedo chamado Terlo, em 1958. Hoje, possui 3 vinhedos, num total de 7ha, sendo Terlo o maior dos três, com 4ha. A empresa vinifica cada vinhedo separadamente, como é comum na região, buscando enaltecer as diferenças de terroir de cada um.


O Terlo 2011 foi fermentado em tanques de inox, com pós-fermentativa entre 14 e 16 dias - um período mais curto do que seus outros Barolos. Depois de separado das cascas, passou por fermentação malolática completa, e só então foi colocado em barricas de carvalho, onde permaneceu por 24 meses. Após engarrafado, ainda descansou por mais 12 meses em garrafa, antes de ser vendido, completando a guarda mínima de 3 anos exigida pela legislação. Por isso, um Barolo de 2011 como este é jovem, tendo sido comercializado a partir da primavera de 2015.

Os Barolos, assim como outros vinhos de Nebbiolo, são conhecidos por apresentarem cor de baixa intensidade, mas teores elevados de acidez e taninos; e este vinho, não foge à regra. De cor rubi de baixa intensidade, com leve halo aquoso. Os aromas começaram modestos, com groselha fresca, chá, giz e um toque tostado; com o tempo se intensificaram, e ganharam nuances de licor de cassis e caramelo. Com alta acidez, taninos intensos e até meio granulados, tinha bom corpo, sem ser pesado, nem deixar aparecer os 14,5% de álcool. O final era adequado, não tão longo, mas com uma persistência de 8 segundos.


Tendo a Nebbiolo como tema, a reunião não poderia terminar sem um jantar com uma carne suculenta, para domar os taninos: um ossobuco preparado pelo chef Cristiano Borgonovi, servido com risoto de abobrinha. Delicioso, e tudo a ver com o vinho!



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