Assim como os outros dois, este é produzido pela cooperativa Provins, na região de Valais. Essa região, encravada nos Alpes, produz a maior parte do vinho da Suíça. Com um clima muito frio, o pleno amadurecimento das uvas só é possível na proximidade de uma grande massa de água, que no caso de Valais, se trata do rio Ródano, que nasce ali antes de atravessar a França, no famoso Vale do Rhône. E conforme já comentei aqui no blog, a mesma Syrah que protagoniza os vinhos do Rhône norte francês, também é muito importante no Rhône suíço.
O Maître de Chais Syrah 2007 foi produzido pela enóloga Madeleine Gay, que se aposentou em 2015. Ele foi feito com longa maceração (15 dias), longo período de barrica (18 meses), feito para guarda, que de acordo com a ficha técnica da época, seria entre 10 e 15 anos.
Sua cor, rubi de intensidade média, já mostrava matizes grenás. O aroma, no início, mostrou um forte defumado. Este aroma, em baixa intensidade, agrega à complexidade do vinho, mas como estava no início, chegava a incomodar. Por sorte, bastaram alguns minutos para que ele se dissipasse. Com isso, foi possível perceber um vinho maduro, já demonstrando aromas terciários, como geléia de frutas negras, tostado, um toque de caramelo, um pouco de especiarias, e o defumado, já bem mais discreto. Na boca, mostrava acidez irrepreensível, taninos de intensidade média, bastante finos, corpo médio, e álcool bem integrado.
Não que eu tenha conhecido muitos, mas este foi o melhor tinto da Suíça que tomei até hoje. Ou seja, os 4 anos de guarda lhe fizeram muito bem.
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