28 de fevereiro de 2018

Grande Vidure

Quem me conhece sabe que não sou fã da Carmenère. De todas as uvas da família (as Cabernets e Merlot), a Carmenère é a que mais tem gosto de pimentão. Eu ainda estou para provar um Carmenère que não tenha gosto de pimentão bem presente. Pode ser mais verde, mais vermelho, mais defumado, mas sempre está lá, o característico sabor da pirazina (o nome da substância que dá gosto ao pimentão).

21 de fevereiro de 2018

Cascina Adelaide Barbera D'Alba Superiore Vigna Preda 2007

Além da grande tradição e reputação, a região do Piemonte possui uma grande diversidade de vinhos. No entanto, às vezes a imensa fama dos Barolos e Barbarescos ofusca outros vinhos da região. Se focamos demais nessas classificações mais famosas, corremos o risco de desprezar e perder outros grandes vinhos que o Piemonte tem a oferecer. Eu tive essa sensação quando um amigo trouxe um 'puta' de um Barbera D'Alba para tomarmos. Tratava-se do Cascina Adelaide Barbera D'Alba Superiore Vigna Preda 2007.

19 de fevereiro de 2018

Victoria Geisse Extra Brut Vintage Rosé 2016


Um dos grandes problemas do vinho nacional é alcançar o cliente final. Normalmente, os melhores vinhos não estão facilmente disponíveis na maior parte do país. Isso vem mudando, graças ao acordo que pôs fim àquela exdrúxula tentativa de salvaguarda de 2012. Após ela, importadoras têm passado a distribuir vinhos nacionais junto ao seu portfólio. Um desses exemplos é a linha Victoria Geisse, produzida por um dos mais respeitados produtores nacionais - a Cave Geisse - e distribuída exclusivamente pela importadora Grand Cru.

12 de fevereiro de 2018

Via Diagonalis Selected Red 2009

Ruinas do castelo Castra Rubra
(foto obtida do site da ONG Alliance for regional and civil initiatives, sediada na Bulgária)

Quando vejo o nome de Michel Rolland por trás de um vinho, eu costumo torcer o nariz. Apesar de ser o enólogo mais influente do mundo, tem fama de produzir sempre vinhos pesados, sobremaduros, e sem originalidade. Eu mesmo já provei alguns vinhos de sua autoria (confesso que poucos), e não me convenceram. Mas o Fernando Zamboni, da Winelands, sabia que o Via Diagonalis Selected Red 2009 tinha a minha 'cara', e insistiu que eu o provasse, enviando-me uma garrafa. Ainda bem, pois ele me fez rever meu preconceito.

3 de fevereiro de 2018

História do vinho chileno

Nas duas últimas décadas, a indústria vinícola chilena tem se reinventado, gradualmente abandonando aquele estigma de produtor de vinho "Coca-Cola" - com produção industrial, de qualidade constante, mas tudo igual - para ser uma das indústrias mais dinâmicas das Américas. Boa parte das novidades que o Chile tem apresentado são na realidade um resgate do passado vinícola do país. Variedades como País, Carignan e Cinsault estão voltando à moda; assim como regiões como o Maule, Itata, e Biobío, que já foram o polo da produção nacional. Portanto, vale a pena conhecer a história do vinho chileno para entender o cenário atual.