Faz uns dois meses, um amigo da confraria fez propaganda a respeito de um vinho brasileiro que tinha conhecido em sua última viagem para o sul, e iria fazer uma encomenda direto com o produtor. Ele iria encomendar algumas caixas do Gheller Tannat 2010, por R$50 a garrafa, e perguntou se queríamos entrar no pacote. Mesmo sem conhecer a vinícola, e sem ser assim um grande entusiasta da Tannat, eu topei comprar duas garrafas pra conhecer, já que era indicado por alguém que conhece de vinho, e está barato para um vinho de 2010.
A vinícola Gheller iniciou suas atividades em 2004, na Serra Gaúcha. Ou seja, é ainda bem nova, tem produção relativamente pequena, mas já começa a acumular boas avaliações na rede. Alguns vinhos nacionais, depois de receberem boas avaliações, têm seus preços inflacionados (às vezes mais de 100% de reajuste). Não é o caso dos vinhos da Gheller, que continuam acessíveis. Este, no site da vinícola, está por R$60 (o preço que pagamos foi uma negociação especial, que esse confrade teve direto com o produtor).
O vinho tinha cor rubi intensa; de cara, exuberante e complexo no aroma (frutas negras, tostado, baú, couro, bálsamo), de corpo médio para leve e uma deliciosa acidez, taninos presentes e macios, sabor intenso correspondendo o nariz, e média persistência aromática. Eu o abri para acompanhar um hambúrguer, em casa. Considerando taninos, acidez e pouco corpo, creio que foi o acompanhamento ideal para um bom hambúrguer. Com o tempo mostrou notas de fruta seca e mentol, mas não deu muito tempo pra evoluir, pois logo a garrafa acabou. E vale ressaltar que não é comum matarmos uma garrafa a dois, de uma tacada só, principalmente tinto.
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